Ruth saltou para o fim da carta, e depois voltou ao princípio, mas não tinha remetente; a viúva zangada nem sequer tinha assinado.
A carta acabava do seguinte modo: «Tudo o que me resta é rezar. Vou incluí-la a si nas minhas orações. O que dizer de si, que, com a sua idade, nunca foi casada? Nem uma vez sequer. Vou rezar para que você se case. Talvez tenho um filho, talvez não. O meu marido e eu amámo-nos tanto que nunca quisemos ter filhos; os filhos podiam ter estragado tudo. Mais importante, vou rezar para que voçê ame verdadeiramente o seu marido - e para que o perca. O que eu vou rezar por si é para que você fique viúva para o resto da sua vida. Nessa altura ficaá a saber como tem escrito tão pouca verdade acerca do mundo real.»
Em vez de uma assinatura, a mulher tinha escrito: Viúva para o Resto da Vida. E havia um P.S. que deu arrepios a Ruth: «Tenho imenso tempo para rezar.»
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